A importância de equilibrar os limites de uma criança

Se a ausência de limites causa desordem, é possível concluir que uma função importante do limite é prover segurança.

Sem uma estrutura de ordem instalada, a criança sente-se insegura porque tudo aquilo que é ordenado torna-se mais previsível e permite antecipar as consequências das ações e agir com segurança.

O sentimento de asseguramento promovido pelo estabelecimento de limites é transferido para o corpo. A criança segura e equilibrada emocionalmente tende a demonstrar mais facilidade para equilibrar também o seu corpo e para dominar seus movimentos. É importante lembrar que o equilíbrio é um elemento fundamental que está presente em qualquer habilidade motora, seja esta locomotora, manipulativa ou estabilizadora.

A criança sem limites, por outro lado, costuma apresentar um corpo muito desorganizado, com dificuldade para coordenar seus movimentos.

Assim como a falta, o excesso de limites também é nocivo para o desenvolvimento da segurança emocional.

Se por um lado a função protetora do limite faz a criança experimentar a sua fragilidade e o prazer de ser cuidada por alguém, por outro lado, a proteção exagerada a impede de enfrentar a sua fragilidade, freando o desenvolvimento da sua autoconfiança.

Para amadurecer tanto do ponto de vista motor quanto do ponto de vista emocional, é importante que a criança tenha liberdade para se arriscar em algumas situações. Desta forma, ela irá descobrir que além de ser o objeto de cuidado do outro, também é capaz de se cuidar.

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